terça-feira, 15 de setembro de 2009

Tecnologia na Educação






Há muitas formas de compreender a tecnologia. A tecnologia, neste sentido, não é algo
novo – na verdade, é quase tão velha quanto o próprio homem (Chaves, 1999). Porém, nem todas
as tecnologias inventadas pelo homem são relevantes para a educação. Algumas apenas estendem
sua força física, seus músculos. Outras apenas lhe permitem mover-se pelo espaço mais
rapidamente e/ou com menor esforço. Nenhuma dessas tecnologias é altamente relevante para a
educação. As tecnologias que amplificam os poderes sensoriais do homem, contudo, sem dúvida o
são. O mesmo é verdade das tecnologias que estendem sua capacidade de se comunicar com
outras pessoas. Mas, acima de tudo, isto é verdade das tecnologias, disponíveis hoje, que
aumentam os seus poderes intelectuais: sua capacidade de adquirir, organizar, armazenar, analisar,
relacionar, integrar, aplicar e transmitir informação.

A discussão sobre o uso de computadores nas escolas tem se estendido a diversos temas
associados a questões pedagógicas. Pretendo abordar uma outra face destas questões,
desenvolvendo reflexões a partir da seguinte pergunta: como os recursos informatizados
influenciam a forma pela qual as pessoas aprendem, ou seja, a questão cognitiva?
A importância do tema está diretamente ligada ao entendimento atual das questões
educacionais em geral e, no que se refere ao processo de aprendizagem, ao uso dos recursos
informatizados na Educação.
“A tecnologia sempre afetou o homem: das primeiras ferramentas, por vezes consideradas
como extensões do corpo, à máquina a vapor, que mudou hábitos e instituições, ao computador que trouxe novas e profundas mudanças sociais e culturais – a tecnologia nos ajuda, nos completa,
nos amplia” (Fróes, 1994).
Assim, da mesma forma como a criatividade inventiva do homem gera novas ferramentas
tecnológicas e modifica constantemente os instrumentos que inventa, existe um efeito inverso: a
tecnologia modifica a expressão criativa do homem, modificando sua forma de adquirir
conhecimento e interferindo na sua cognição (Fróes, 1994).
“... a cognição entendida, como uma prática, não como uma representação. Enquanto
prática, seu trabalho é o de por em relação elementos heterogêneos. Estes não são formas
puras, sujeito e objeto, mas vetores materiais e sociais, etimológicos e tecnológicos, sensoriais
e semióticos, fluxos ou linhas que não se fecham em formas perfeitas e totalizadas. As relações
cognitivas não são previsíveis pois os elementos não formam um sistema fechado. São abertas
e temporais. São inventivas.” (Kastrup, 1997, p.79)

Um comentário:

  1. Esta figura representa muito bem o sistema de educação tradicional ;
    Retira-se as crianças do mundo e, do lado de fora ( de costas viradas, claro ) distribui-se as informações sobre este "tal planeta" .

    Rosângela – 481882-2 – Turma 02/PD2A12 - manhã

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