quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Inclusão educacional: uma "roupa nova" para um "corpo velho"



A inclusão é o resultado da soma de oportunidades bem sucedidas que são possibilitadas a qualquer cidadão e não somente dos decretos, sem oportunizar o real acesso às oportunidades e aos meios para superar os desafios que promovam o seu desenvolvimento. Araújo: 2003, p. 89
Discutir sobre a inclusão pode levar-nos a um universo de encontros e desencontros com a nossa forma de lidar com a diferença.
Podemos observar no decorrer dos anos uma crescente visualização das questões que envolvem a deficiência e neste sentido os movimentos internacionais têm o seu grande mérito; principalmente a partir de 1981, com o Ano Internacional da Pessoa Portadora de deficiência. No entanto, é também claro o aspecto neoliberal que permeia a inclusão, podendo-se vê-los em termos de figura-fundo, tornando-se próprio o alerta de Araújo (2003) e Duarte e Santos (2003) para o aspecto de que a inclusão não acontecerá antes de uma mudança real de atitudes frente aos preconceitos e que isto não se dará através de decretos, portarias ou outras formas de imposição. Também é evidente que a práxis dos vários segmentos da sociedade, em especial a escola, onde a Educação Física está inserida, não conseguiu, ainda, cumprir com o que o discurso inclusivista propõe em relação à pessoa em condição de deficiência. A atuação no mercado de trabalho, por exemplo, ilustra bem o que afirmamos.
No entanto, enquanto se vive este período de transição onde não se tem a inclusão escolar, onde a Educação Especial sofre todo este processo de desvalorização e desmonte e onde nem uma nem outra modalidade supre as necessidades das pessoas em condições de deficiências, como alcançar tal objetivo?
Tendo como aporte diálogos realizados com um historiador cego e uma socióloga em condição de deficiência física não sensorial e tendo "ouvidos para ouvir e olhos para ver" é possível constatar que seus posicionamentos são concordantes frente às questões de inclusão (escolar). Afirmam que o trabalho com crianças, adolescentes e adultos em condição de deficiência deve acontecer na escola regular, no entanto, com a mesma obrigatoriedade, 'gratuidade', acrescidas das condições de qualidade deve ser oferecido e possibilitado o atendimento em instituição especializada.
Justificam seu posicionamento afirmando que suas 'diferenças' são 'diferentes' daquelas causadas pela timidez, obesidade, falta de interesse, entre outras também presentes na escola.
Referência Bibliografica: SILVA, Rita de Fátima da; ARAÚJO, Paulo Ferreira de e DUARTE, dison. Inclusão educacional: uma "roupa nova"para um "corpo velho". <www.deportes.com/efd69/inclusao.htm>, 16 de setembro de 2009, 15:07:55.
Postado pela aluna : Lucia das Graças Solo - 2º Semestre - Noturno - RA: A12FHA-0

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