sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Não é raro encontrar pais que desvalorizam a pré-escola, dizendo que a criança vai lá só para brincar, que gasta muito material e que não aprende nada.

Por já ter escutado isso, de modo sério ou em tom de brincadeira, resolvi abordar este tema na tentativa de esclarecer a importância do brincar na vida da criança.

Na realidade, as brincadeiras das crianças deveriam ser consideradas suas atividades mais sérias e se queremos entender nossos filhos, precisamos entender suas brincadeiras. Ao observar uma criança brincando, o adulto pode compreender como ela vê e constrói o mundo, como ela gostaria que ele fosse, o que a preocupa e os problemas que a cercam.

Através do brincar, a criança pode desenvolver sua coordenação motora, suas habilidades visuais e auditivas, seu raciocínio criativo e inteligência. Está comprovado que a criança que não tem grandes oportunidades de brincar e com quem os pais raramente brincam sofrem bloqueios e rupturas em seus processos mentais.

Conta-se que Einstein, até os três anos, não conseguia falar e usava blocos de construção e quebra-cabeças para se comunicar.

Brincando, ela começa a entender como as coisas funcionam, o que pode e não pode ser feito, aprende que existem regras que devem ser respeitadas, se quer ter amiguinhos para brincar e, principalmente, aprende a perder e a ver que o mundo não acaba por causa disso. Descobre que, se ela perde um jogo hoje, pode ganhar em outro amanhã.

Uma criança é criança porque brinca. Se não consegue brincar, não está bem; se seus pais não a deixam brincar, eles também não estão bem. Se o brincar é pobre de imaginação ou fixo em algum objeto, a criança não está conseguindo fantasiar a partir de suas necessidades de elaboração e, ainda nesse caso, não deve estar bem.

Se os pais exigem da criança obrigações de adultos e a enchem de atividades, é porque estão tentando preencher suas próprias inquietações com a agenda lotada do filho.

Por outro lado, como tudo que é extremo não funciona bem, quando uma criança vive somente no seu mundo de fantasias ou seus pais só se referem a ela “de brincadeira”, há algo errado com algum deles.

Finalmente, o brincar pode funcionar como um espaço através do qual a criança deixa sair sua angústia, aprende a lidar com a separação, o crescer, a autonomia, os limites.

Lembrando as palavras de Winnicott:

"É no brincar, e talvez apenas no brincar, que a criança ou o adulto fruem sua liberdade de criação."

Texto de Elisabeth Salgado

Site

http://www.elisabethsalgadoencontrandovoce.com/importancia_brincar.htm


Liliane Oliveira De Miranda Ra 959830-8

Noturno 2º semestre











2 comentários:

  1. Acho que o peconceito com a pré-escola está muito menor. A maioria dos pais já sabe a importância que a educação infantil de qualidade pode fazer no posterior desenvolvimento de seus filhos.
    M Denise 4423461 - 2/manhã

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  2. Acredito que os pais que ainda tem preconceitos são os desinformados, os que não tem um verdadeiro conhecimento do significado da pré-escola, são na maioria das vezes aqueles que deixam seus filhos lá por terem que trabalhar, ou p/q acham "bacana" falar que seus filhos estão na escola, ou simplesmente por ignorância..

    Clécia B. Farias RA: 432751-9

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