O lugar de brincar é tão importante quanto a sala de aula.
Pátio escolar: um lugar de brincadeira e aprendizagem
Estudo mostra que muitas escolas não dão atenção a esse espaço da maneira que ele merece
Ana Paula Pontes

Você talvez ainda se lembre do pátio da escola que freqüentou na infância. Só essa recordação com carinho já sugere o quanto ele significa na vida das crianças. E como é esse lugar no colégio do seu filho? Um estudo, realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), atenta para a importância que se dever dar a esse espaço dentro das escolas.
A pesquisa, que avaliou alunos de 3 a 7 anos, mostrou que o local para a brincadeira, em algumas instituições, é o que sobra de uma área construída, sem planejamento específico que possibilite a prática de várias atividades. Em 2006, mesmo ano do estudo, o Ministério da Educação já alertara para esse cuidado ao lançar os “Parâmetros Básicos de Infra-Estrutura para Instituições de Educação Infantil”, com o objetivo de “construir um ambiente físico que promova aventuras, descobertas, criatividade, desafios, aprendizagem e que facilite a interação entre as crianças, delas com o adulto e o meio ambiente”.
Segundo Odara de Sá Fernandes, psicóloga e autora do estudo, hoje, esse espaço é ainda mais fundamental, uma vez que por questões de segurança a brincadeira na rua quase não existe mais. “O pátio escolar é um local para a criança se desenvolver e se socializar”, diz.
Isso não quer dizer que essa área precise ser grande, e sim bem organizada, para que as crianças possam correr, praticar esportes e outras atividades sem direcionamento. A quantidade de brinquedos também influencia o comportamento infantil. Quanto mais opções, menos as crianças brincam entre si ou diversificam a brincadeira.
A natureza é outro ponto forte. “Pesquisas mostram que o contato das crianças com o verde e animais de pequeno porte nas escolas ajudam, inclusive, a fazer com que elas entendam seu próprio desenvolvimento”, afirma Odara.
Superlotação
Muita criança, pouco espaço. O ideal é que o pátio escolar seja projetado de maneira que comporte todos os alunos, sem aglomeração. Segundo Odara, a disputa por um canto no recreio pode gerar conflitos e estresse entre a criançada.
Uma saída usada por algumas instituições é alternar o horário das turmas para a ida ao recreio, por exemplo. Essa atitude, entretanto, prejudica a troca de experiências e aprendizado das crianças menores com as maiores, e vice-versa. Por isso, na hora de decidir pela escolha que vai colocar seu filho, observe. O lugar de brincar é tão importante quanto a sala de aula.
http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI17838-10531,00.html
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